segunda-feira, 2 de julho de 2012

O MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO


Bem alunos, estamos iniciando uma nova unidade de estudos. Assim, alguns questionamentos surgem e juntos vamos pensar sobre eles.

1. Você já pensou como seria sua vida se a ciência e tecnologia não tivessem avançado?

2. Quais avanços científicos e tecnológicos estão presentes em sua vida? A partir de quando estes avanços científicos e tecnológicos passam a ocorrer?

3. Nas artes também são percebidas algumas transformações. Saberia citar que transformações são percebíveis?

4. Qual modo de produção passou a se consolidar a partir destes avanços científicos e tecnológicos?

RECORDANDO

Antes de continuarmos vamos assistir ao vídeo sobre a Segunda Revolução Industrial para revisarmos alguns conceitos já estudados.


UM POUCO DE TEORIA



A Segunda Revolução Industrial trouxe para muitos a sensação que a capacidade inventiva do ser humano não tinha limites e alimentou a certeza de que homens e mulheres estavam construindo um futuro melhor. O entusiasmo foi tão grande que o período compreendido entre a segunda metade do século XIX e os primeiros anos do século XX ficou conhecido como Belle Époque (Bela Época, traduzido do francês).

A todo momento, uma nova descoberta científica e tecnológica era anunciada. Na área dos transportes, por exemplo, em poucas décadas foram inventados a bicicleta (1861), o metrô (1863), o bonde elétrico (1874), a locomotiva elétrica (1879) e o automóvel (1886). Foram ainda construídas grandes ferrovias, como a Transcontinental (1869), que cortou os Estados Unidos de leste a oeste, e a Transiberiana (1903), ligando as cidades russas de Moscou (na Europa) e Vladivostok (na Ásia).

Na virada do século XIX para o XX, até mesmo o sonho de voar se tornou realidade. Os experimentos dos irmãos norte-americanos Orville (1871-1948) e Wilbur Wright (1867-1912), nos Estados Unidos, e do brasileiro Alberto Santos Dumont (1873-1932), em Paris, culminaram na invenção do avião.

Todos esses inventos em transportes transformaram o cotidiano das populações e alteraram até as noções de tempo e espaço, uma vez que longas distâncias passaram a ser superadas em um tempo bem menor de que era feito até então.

Na área de comunicações foram criados o telefone (1876) e o telégrafo sem fios (1895). São igualmente dessa época inventos como o fonógrafo (1877), criado pelo norte-americano Thomas Edison, e o cinema (1895), inventado pelos irmãos franceses Auguste (1862-1954) e Louis Lumière (1864-1948). Juntamente como o rádio, surgido nas primeiras décadas de século XX, esses inventos abriram caminho para o lazer de massa da sociedade moderna.


Que tal dar uma olhada neste vídeo?



O cinema, por exemplo, inaugurou uma nova era de diversões, acessível a todas as camadas sociais. Devido ao baixo preço das entradas, o proletariado compunha grande parte do público das salas de cinema nos primeiros anos após sua invenção. Com isso, a arte deixava de ser exclusividade dos espaços frequentados pelos grupos sociais privilegiados.

Também a indústria passou por transformações. No começo do século XX, foi criada a linha de montagem na fábrica de automóveis Ford, nos Estados Unidos. Com ela, surgiu a produção em série, que levou a um extraordinário aumento da produtividade e à diminuição de preço dos produtos. Ao mesmo tempo, foram criadas novas formas de pagamento, como as vendas a crédito, e surgiram os primeiros grandes magazines, como a rede parisiense Au Bom Marché (1876), precursoras das lojas de departamentos.


Este vídeo mostra a linha de montagem móvel desenvolvida por Henry Ford para a produção do Ford Model T.



Descobertas importantes também ocorreram na área médica e de saúde. Os bacteriólogos Robert Koch (1843-1910), da Alemanha, e Louis Pasteur (1822-1895), da França, por exemplo, descobriram que as doenças eram causadas por agentes infecciosos, como as bactérias. Até 1890, vários cientistas já haviam identificado os agentes de diversas doenças (tuberculose, cólera, febre tifoide e tétano, entre outras) e vinham desenvolvendo vacinas para combatê-las. Esses novos tratamentos contribuíram para reduzir o elevado número de mortes provocadas por elas.

Além disso, a constatação de que o uso de antissépticos, por exemplo, era essencial para impedir infecções pós-operatórias reduziu sensivelmente a taxa de mortalidade decorrente das intervenções cirúrgicas. Já a descoberta dos anestésicos possibilitou aos médicos não só o alívio da dor e seus pacientes, mas também a realização de cirurgias mais demoradas, algo impraticável até então.


LEMBRANDO: Os avanços não foram sentidos apenas nos campos da ciência e da tecnologia, as artes também foram influenciadas. 


1. Você pode citar algum pintor do final do século XIX e início do século XX?
2. Quais as correntes pictóricas que tem origem no final do século XIX e início do  século XX?

A arte moderna

No campo das artes plásticas, foi realizada em Paris, em 1874, a primeira exposição de pintura impressionista, considerada um dos marcos iniciais da arte moderna. Os pintores impressionistas – como os franceses Claude Monet (1840-1926) e Auguste Renoir (1841-1919) – procuravam registrar em suas telas as constantes alterações que a luz provocava na cor e na forma dos objetos, causando sensações diferentes no observador e transmitindo uma impressão de movimento. A eles, seguiram-se os trabalhos dos chamados pós-impressionistas de diferentes tendências: Paul Cézanne (1839-1906), Vincent van Gogh (1853-1890), Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1901) e Paul Gauguin (1848-1903), entre outros.

No início do século XX, o movimento cubista rompeu com a perspectiva tradicional e com a harmonia clássica das figuras. Seu ponto de partida foi a obra de Paul Cézanne, pintor que se mostrava mais interessado em realçar as estruturas da natureza do que as impressões fugazes da luz sobre os objetos. Para Cézanne, todas as coisas da natureza o cone, o cubo e o cilindro. Os cubistas representavam as figuras vistas ao mesmo tempo de vários ângulos e com estruturas predominantemente geométricas. Um de seus principais representantes foi o pintor espanhol Pablo Picasso (1881-1973). Já o russo Wassily Kandinsky (1866-1944) deu início à pintura abstrata, na qual a representação tradicional das figuras (figurativismo) é destruída para dar lugar a manchas de cores.

Os estudos psicanalíticos influenciaram a pintura surrealista de alguns artistas, como Salvador Dali (1904-1989) e Joan Miró (1893-1983), e a velocidade do mundo moderno foi fonte de inspiração dos futuristas.


ORGANIZANDO AS IDEIAS


Depois de tomar conhecimento sobre o período que vai do final de século XIX até o início da século XX, vamos responder as seguintes questões. Para facilitar o entendimento do assunto, vamos dialogar com os colegas postando comentários logo abaixo.

1. Os avanços tecnológicos verificados a partir da segunda metade do século XIX contribuíram enormemente para configurar o chamado mundo moderno em que vivemos. Destaque alguns inventos daquela época.

2. Descobertas importantes ocorridas na área médica e da saúde ajudaram a melhorar as condições de vida da população a partir do final do século XIX. Cite algumas dessas melhorias e suas consequências.

3. Explique como algumas das transformações desencadeadas pela Segunda Revolução Industrial afetaram o modo de produção industrial e o consumo.

4. As invenções observadas a partir da segunda metade do século XIX ampliaram as possibilidades de acesso à arte e à diversão, antes restrita aos grupos sociais privilegiados. Explique por que o cinema pôde ser considerado, já naquela época, uma opção de lazer e diversão para muitas pessoas.


Referências Bibliográficas


AZEVEDO, Gislane Campos; SERIACOPI, Reinaldo. História em Movimento: ensino médio. São Paulo: Ática, 2010.

FREITAS NETO, José Alves de; TASINAFO, Célio Ricardo. História geral e do Brasil. São Paula: Harbra, 2006.

VICENTINO, Cláudio. História para o ensino médio: história geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2005.


Concluindo a primeira parte de nosso estudo, faça uma avaliação do material disponibilizado sobre a Belle Époque:

1. O que você achou da forma como foi exposto o conteúdo a ser estudado?
2. Você se sentiu motivado a realizar o que foi proposto? Justifique sua resposta.
3. Você conseguiu realizar o que foi proposto?
4. Você compreendeu os conceitos trabalhados?
5. Você encontrou facilidade e/ou dificuldade em relação ao que está disponibilizado sobre o conteúdo?
6. Você tem alguma sugestão/crítica relacionada ao conteúdo trabalhado ou forma como foi disponibilizado.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

DÚVIDAS?

Espaço para que todos possam dialogar...
Registrem aqui seus comentários... dúvidas...
Vamos comentar sobre o que estamos estudando.
Talvez a sua dúvida pode ser a dúvida de algum colega.
Talvez você possa auxiliar o seu colega em uma dúvida, explicando a ele da forma como você entendeu...

Então... quem dará a largada?

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

LINKS DISPONÍVEIS

Para ampliar seus conhecimentos referente a República Velha, acesse os seguintes links:







ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO

Filme: A Guerra de Canudos
O filme A Guerra de Canudos, dirigido por Sérgio Rezende e produzido por Mariza Leão, é uma superprodução brasileira filmada na região onde se passaram os fatos. Foi lançado em 1997, 100 anos após essa guerra, que causou a destruição do povoado. O filme pode ser encontrado em vídeo, distribuído pela Columbia Tristar Home Video, tem duração de 180 minutos e foi exibido também na televisão como minissérie. O objetivo do filme é retratar a Guerra de Canudos, mas é bom lembrar que se trata da versão do diretor sobre os acontecimentos, apresentados segundo sua opinião.
Procure observar o seguinte:
  1. Época e local dos acontecimentos;
  2. Período da História do Brasil a que corresponde e quem governava o país na época;
  3. Condições de vida e problemas enfrentados pela população do sertão nordestino na época e o que fazia para sobreviver;
  4. Quem tomava as decisões nas famílias do sertão nordestino;
  5. Segundo uma personagem do filme, o fotógrafo e jornalista Pedro Martins, quem era considerado cidadão naquela época;
  6. Quem foi Antônio Conselheiro e quais eram suas ideias (o que defendia, o que combatia, por que, como definia o regime republicano e por que as pessoas o seguiam);
  7. Quando, como, onde e por quem foi fundado o povoado de Belo Monte ou arraial de Canudos;
  8. O que Antônio Conselheiro propôs a seus seguidores ao fundar Canudos;
  9. Como eram as casas e as condições de vida em Belo Monte;
  10. O que era produzido em Belo Monte e para quem ficavam os produtos;
  11. O que aconteceu com muitos povoados do Nordeste após a fundação de Belo Monte;
  12. Como Antônio Conselheiro arrecadava dinheiro e mantimentos;
  13. Por quem e quantas vezes os moradores de Belo Monte foram atacados;
  14. Armas e modo que os moradores de Belo Monte usaram para enfrentar o primeiro ataque;
  15. Armas e modo que os moradores de Belo Monte usaram para enfrentar outros ataques, o que os motivava a lutar e a quem atribuíam a culpa pela guerra;
  16. Como a população de Belo Monte era considerada pelos de fora;
  17. Como Conselheiro se referia aos soldados do Exército;
  18. Modo como o Exército pretendia tomar Belo Monte na quarta ofensiva, modo como os soldados do Exército eram recrutados, quantos eram, problemas que enfrentavam e opinião que tinham sobre os sertanejos;
  19. Como a imprensa relatava ao país os acontecimentos de Canudos e por que acontecia isso;
  20. Sentimentos que Antônio Conselheiro despertava nas pessoas e por que isso acontecia;
  21. Modo como eram feitos os registros dos acontecimentos da guerra;
  22. Suspeitas de corrupção levantadas a respeito do abastecimento das tropas do Exército;
  23. Por que o jornalista foi enviado à frente de batalha, opinião que tinha sobre os sertanejos e soldados do Exército e por que foi retirado da região;
  24. Mensagem do presidente da República às tropas do Exército;
  25. Tempo de duração da última batalha;
  26. O que aconteceu com o povoado de Belo Monte e sua população em outubro de 1897;
  27. Quem criticou a atuação do comandante das tropas do Exército e por que criticou.
  28. Tente fazer sua análise pessoal a respeito dos acontecimentos e do filme:
  29. Em sua opinião, por que o presidente enviou uma mensagem aos soldados e o que pretendia com isso?
  30. Dê exemplos a respeito de como o fanatismo religioso estava presente na vida da população de Canudos.
  31. Em sua opinião, por que havia o fanatismo religioso?

Retirado de: http://ateliedehistoria.blogspot.com.br/2009/05/guerra-de-canudos.html

VIDEO HISTÓRIA DO BRASIL

Video sobre a história do Brasil narrado pelo historiador Bóris Fausto:

Série narrada pelo historiador Bóris Fausto e que, por meio de documentos e imagens de arquivo, traça um panorama político, social e econômico do País, desde os tempos coloniais até os dias atuais. A série é composta, ainda, de entrevistas com algumas personalidades que ajudaram a escrever essa história.

VIDEOS

Video sobre a República Velha do historiador Bóris Fausto disponível em:

Parte 01:

Parte 02:

MÚSICAS INÍCIO SÉCULO XX

Primeiro Amor - Patápio Silva


O Sonho - Patápio Silva



CHARGES REPÚBLICA VELHA


terça-feira, 15 de novembro de 2011

A POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO DO CAFÉ


A organização da economia cafeeira. As fazendas de café estavam espalhadas pelo interior, distantes dos grandes centros urbanos onde a produção era vendida. Com as precárias condições de transporte, aliadas ao fato de que os fazendeiros administravam diretamente as suas propriedades, os cafeicultores acabaram delegando a terceiros (os chamados comissários) a colocação de sua produção no mercado.


Esses encarregados da negociação das safras nos grandes centros eram, de início, pessoas de confiança com a incumbência de realizar as operações no lugar do fazendeiro. Aos poucos, de simples encarregados, esses comissários começaram a concentrar em suas mãos as safras de vários fazendeiros, tornando-se importantes intermediários entre produtores e exportadores, em geral estrangeiros.


As casas comissárias que então se organizaram passaram a negociar em grande escala o café de várias procedências. Com o tempo, apareceu um novo intermediário: os ensacadores. Estes compravam o café das casas comissárias, classificavam e uniformizavam o produto, adaptando-o ao gosto dos consumidores estrangeiros e, finalmente, o revendiam aos exportadores.


Com a profissionalização dos comissários, estes começaram a atuar também como banqueiros dos cafeicultores, financiando a produção por conta da safra a ser colhida.


Por volta de 1896, esse esquema começou a mudar. Os exportadores (estrangeiros), com a finalidade de aumentar os seus lucros, passaram a procurar diretamente os fazendeiros para negociar a compra antecipada das safras. Com seus representantes percorrendo as fazendas para fechar negócio, essa nova relação entre produtores e exportadores indicava, na verdade, que o mercado brasileiro encontrava-se em fase de profunda transformação.


De fato, conforme o esquema até então vigente, os comissários não apenas intermediavam a venda das safras, como também intermediavam a compra dos fazendeiros nas grandes casas importadoras de produtos de consumo estrangeiros. O esquema, portanto, era o seguinte: fazendeiros - comissários - ensacadores ---c› exportadores/importadores comissários - fazendeiros.


A decisão dos exportadores em negociar a safra diretamente com os fazendeiros modificou também a forma de atuação dos importadores que, não dispondo mais do comissário que intermediava as compras para o fazendeiro, tiveram de espalhar agentes e representantes de vendas pelo interior. O mercado ficou mais segmentado mas, em compensação, mais livre.
 
A crise de superprodução. Contudo, desde 1895, a economia cafeeira não andava bem. Enquanto a produção do café crescia em ritmo acelerado, o mercado consumidor europeu e norte-americano não se expandia no mesmo ritmo. Consequentemente, sendo a oferta maior que a procura, o preço do café começou a despencar no mercado internacional, trazendo sérios riscos para os fazendeiros.


Nos primeiros dois anos do século XX, o Brasil havia produzido pouco mais de 1 milhão de sacas acima da capacidade de consumo do mercado internacional. Essa cifra saltou para mais de 4 milhões em 1906, alarmando a cafeicultura.


O Convênio de Taubaté (1906). Para solucionar o problema, os governadores de São Paulo, Minas Gerais e Rio de janeiro reuniam-se na cidade de Taubaté, no interior de São Paulo. Decidiu-se então que, a fim de evitar a queda de preço, os governos estaduais interessados deveriam contrair empréstimos no exterior para adquirir parte da produção que excedesse o consumo do mercado internacional. Dessa maneira, a oferta ficaria regulada e o preço poderia se manter. Teoricamente, o café estocado deveria ser liberado quando a produção, num dado ano, fosse insuficiente. Ao lado disso, decidiu-se desencorajar o plantio de novos cafezais mediante a cobrança de altos impostos. Estabelecia-se, assim, a primeira política de valorização do café. 


O governo federal foi contra o acordo, mas a solução do Convênio de Taubaté acabou se impondo. De 1906 a 1910, quando terminou o acordo, perto de 8.500.000 sacas de café haviam sido retiradas de circulação.


O acordo não foi propriamente uma solução, mas um simples paliativo. E o futuro da economia cafeeira continuou incerto.

Disponível em:

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/republica-velha/republica-velha-1.php